quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PAÍS ESTRANHO

manhãs mais claras de peixes
voadores
sei lá que povo
sei lá que país
palmeiras de vidas de agulhas espelhadas
água de morte
bruxa feiticeira
esse mar fêmea
sei lá que latitude
para quê fugir?
antes sonhar as noites quentes
de povos ardentes
de um país estranho de estranha paisagem
dentro de um país tão longe
sei lá que distância
corpos indolentes que arrastam beleza
no seu não fazer
junto do mar perto do horizonte
sei lá que sonhos perdidos

só o amor
nos olhos
na cor
nas bocas
nas vidas
sei lá que sabor
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